ATA DA OITAVA SESSÃO ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA SESSÃO LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA NONA LEGISLATURA, EM 30.12.1987.

 


Aos trinta dias do mês de dezembro do ano de mil novecentos e oitenta e sete reuniu-se, na Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua Oitava Sessão Ordinária da Décima Primeira Sessão Legislativa Extraordinária da Nona Legislatura. Às quatorze horas e quinze minutos foi realizada a segunda chamada, sendo respondida pelos Vereadores Adão Eliseu, Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Artur Zanella, Auro Campani, Bernadete Vidal, Brochado da Rocha, Caio Lustosa, Cleom Guatimozim, Clóvis Brum, Ennio Terra, Flávio Coulon, Frederico Barbosa, Getúlio Brizolla, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Isaac Ainhorn, Jaques Machado, Jorge Goularte, Jussara Cony, Kenny Braga, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Mano José, Nilton Comin, Paulo Satte, Pedro Ruas, Rafael Santos, Raul Casa, Teresinha Irigaray e Werner Becker. Constatada a existência de “quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou ao Ver. Raul Casa que procedesse à leitura de trecho da Bíblia. A seguir, foi aprovada a Ata da Sétima Sessão Ordinária. Do EXPEDIENTE constaram: Ofícios n°s 803; 804/87, do Sr. Prefeito Municipal; Carta da Agro Pastoril Aldeia dos Índios, Lagoa Vermelha, RS; Mensagens de Natalino Tomasi; do Grêmio dos Fiscais Municipais de Porto Alegre; da Associação dos Moradores do Parque do Salso, COHAB, Cavalhada; do Sr. Secretário do Governo Municipal; Cartões da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Maria, RS; do Sr. Chefe da Casa Civil do Estado. Após, constatada a existência de “quorum”, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação foi rejeitado o Projeto de Lei do Executivo n° 114/87, por dez votos SIM contra quinze votos NÃO, com Declaração de Voto do Ver. Paulo Satte, após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores Hermes Dutra, Artur Zanella, Clóvis Brum, Rafael Santos, Kenny Braga, Antonio Hohlfeldt e Jussara Cony e ter sido submetido à votação nominal a Requerimento oral, aprovado, do Ver. Caio Lustosa. Ainda foram aprovados os seguintes Requerimentos: do Ver. Antonio Hohlfeldt, de Voto de Congratulações com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas de Porto Alegre, pela posse da nova Diretoria; do Ver. Aranha Filho, de Votos de Congratulações com Rosirene Pantaleão Gessinger; Sérgio Luis Schubert; Ricardo de Lima Cavalcanti; Luiz Marcelo Marques Tavares; Nara Maria Emanuelli Magalhães, por terem recebido o Prêmio “Jovem Pesquisador” da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; com Miriano Valdoni Éder, pela obtenção da maior média da Academia Militar das Agulhas Negras; do Ver. Hermes Dutra, de Voto de Congratulações com o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Sul, pela posse de seu novo Presidente; de Voto de Pesar pelo falecimento de Julio Stumpf de Vasconcelos; do Ver. Isaac Ainhorn, de Voto de Pesar pelo falecimento de José Bondar; do Ver. Jorge Goularte, de Voto de Pesar pelo falecimento do Cel. Álvaro Rodrigues Maia; do Ver. Mano José, de Voto de Pesar pelo falecimento de Celso Oliveira da Silva. Durante a Sessão, foram apregoadas 03 Emendas do Ver. Raul Casa, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo n° 16/87 (proc. n° 2788/87), que define o regime urbanístico em área funcional de interesse paisagístico e cultural e dá outras providências; 01 Emenda do Ver. Antonio Hohlfeldt, ao Projeto de Lei do Executivo n° 118/87 (proc. n° 2873/87), que autoriza o Executivo Municipal a conceder vales-refeições a funcionário ativo e servidor celetista e dá outras providências. Os trabalhos estiveram suspensos por oito minutos, nos termos do art. 84, I do Regimento Interno. Nada mais havendo a tratar, o Sr. Presidente levantou os trabalhos às dezesseis horas e cinco minutos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Brochado da Rocha e Jorge Goularte, o último nos termos do § 3° do art. 11 do Regimento Interno, e secretariados pelos Vereadores Gladis Mantelli e Lauro Hagemann. Do que eu, Gladis Mantelli, 1ª Secretária, determinei fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e por mim.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha): Estão abertos os trabalhos da presente Sessão.

Havendo “quorum”, passaremos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

PROC. 2825 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 114/87, que autoriza o Executivo Municipal a contratar operação de crédito com o Fundo de Investimentos Urbanos do Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.

 

Pareceres:

- da CJR. Rel., Ver. Werner Becker: pela aprovação;

- da CUTHAB. Rel., Ver. Isaac Ainhorn: pela aprovação;

- da CFO. Rel., Ver. Auro Campani: pela aprovação.

 

O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE nº 114/87. (Pausa.)

A Mesa chama a atenção das lideranças de que o presente processo é regido pelo artigo 70, ou seja, exige a maioria absoluta de votos, segundo o Regimento Interno, de 17 Vereadores favoráveis, para isso, encerrada a discussão, para encaminhamento, solicita que as lideranças providenciem o “quorum” necessário.

 

O SR. CLÓVIS BRUM (Questão de Ordem): Como não há “quorum” nem para o encaminhamento, pediria a verificação de “quorum”, a fim de que com a chamada nominal se possibilite a presença para a votação. Por isso solicito verificação de “quorum”; evidentemente que se realizando a chamada nominal haverá oportunidade de se encaminhar a matéria, uma vez que o PDS já pediu a inscrição para discutir e agora podemos fazer a chamada nominal.

 

O SR. PRESIDENTE: Havendo sido requerida a chamada para a verificação de “quorum”, digo que a Mesa tem dois pedidos conflitantes, eis que suspendo os trabalhos por dois minutos.

 

(Os trabalhos são suspensos às 14h59min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha – às 15h01min): Estão reabertos os trabalhos da presente Sessão. Como são necessários 2/3 dos Vereadores em Plenário para exame do presente Projeto, solicito à Sra. Secretária que faça a chamada nominal dos Srs. Vereadores.

 

O SR. ARANHA FILHO (Questão de Ordem): A título de colaboração, Sr. Presidente, já que há um impasse notório na Casa, primeiro por falta de “quorum” e em segundo, sem querer interferir na decisão da Presidência, acho que seria possível interromper a Sessão por cinco minutos e fazer um contacto com o colégio de Líderes a fim de que se entre num acordo.

 

O SR. PRESIDENTE: Tendo em vista que a Mesa não vislumbra o colégio de Líderes, terá de tomar outra medida. Pede que a Sra. Secretária faça a chamada nominal dos Srs. Vereadores.

 

(A Sra. Secretária procede à chamada nominal.)

 

A SRA. SECRETÁRIA: Vinte e três Vereadores em Plenário, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE: Há “quorum”. A Mesa consulta qual a Bancada que deseja encaminhar. (Pausa.)

Encaminha, pelo PDS, o Ver. Hermes Dutra.

 

O SR. HERMES DUTRA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, só para não deixar transitar em julgado, a má qualidade redacional do Projeto, vejam V. Exas. o seguinte: o final do art. 1º diz o seguinte: Através da Secretaria de Coordenação e Planejamento, no valor de três milhões e quinhentos mil cruzados amortizados em até quatro anos incluída a carência de até um ano - toda a carência é incluída em prazo - o valor do empréstimo será convertido em OTNs subsidiada em 50% da OTN, quer dizer, uma frase completamente mal escrita que, para quem entende um pouco de administração, sabe o significado, mas, na verdade, se formos analisar o espírito da legislação, isto aqui pode dar a entender que quem está subsidiando é o Município, porque quem está fazendo a lei é Município. Tinha que ser feita num parágrafo as condições de pagamento, empréstimo, será no valor de 50% da OTN, à época do vencimento, e não desta forma, como foi colocado. Essas coisas não ficam só para o Executivo Municipal, ficam mal para a Câmara, também. E eu não vou estar aqui a corrigir, muitas vezes, eventualmente até que caberia, os erros no encaminhamento de Projetos mal redigidos para esta Casa. Mas quero dizer que votaremos favoravelmente. Agora, questionar o motivo de por que somente a Estrada Aracaju, a Rua Aracaju, é beneficiada com empréstimo do Fundo Urbano. O que tem de especial neste trecho que faz com que, por exemplo, nós tenhamos no Partenon - e o nobre Ver. Luiz Braz sabe muito bem -, a Rua Joaquim Cruz, que queremos calçar e que não há recursos para calçar. Então, Ver. Luiz Braz, eu pergunto o que que tem os moradores da Aracaju que o pessoal da Joaquim Cruz não têm. Será que são mais bonitos? Será que são mais vistosos? Eu não sei. Agora, efetivamente, não pode o legislador negar uma autorização que vai beneficiar uma comunidade. Agora, tenho de reclamar em nome das centenas e centenas de ruas sem pavimentação nesta cidade, de igual ou maior importância do que esta, e que não recebem a mesma atenção por parte do Executivo, ou que os moradores não conseguem sensibilizar, não sei se o Fundo Urbano, se a Secretaria do Planejamento ou a Prefeitura Municipal para que se consiga o empréstimo tão vantajoso quanto este para a pavimentação da rua. É lamentável que somente tenha vindo a pavimentação, segundo aqui, “superficial triplo,” aliás, eu nunca tinha ouvido falar esta expressão, “superficial triplo”, é dose - “superficial triplo” da estrada Aracaju, na Exposição de Motivos. Por que não também outras ruas da Capital. Aliás, quero aproveitar a presença do nosso querido Ver. Valdir Fraga, Secretário do Governo, para sugerir a S. Exa., que sugira ao Sr. Prefeito, que faça mais uns 40 empréstimos destes para outras ruas da Cidade, na Lomba do Pinheiro, Joaquim Cruz, o Partenon, e tantas outras que precisam de pavimentação tanto quanto precisa a Aracaju, ou então, quem sabe, eu não ousaria pedir ao Ver. Valdir Fraga, mas quem sabe alguém nos dissesse o que que a Aracaju tem que as outras não têm? Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Pelo PFL. Com a palavra o Ver. Artur Zanella. V. Exa. tem cinco minutos para encaminhar.

 

O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Nós votaremos favorável; evidentemente tudo aquilo que serve para a comunidade também serve para nós. Queremos ao contrário do Ver. Hermes Dutra elogiar também o Poder Executivo pela pontaria que tem em determinados casos. Têm milhares de pedidos e para acertar exatamente a Aracaju. Estive lá visitando, pessoas simpáticas, tem uma gráfica bem no fundo de uma Associação Religiosa e terrenos ao lado que serão loteados futuramente, enquanto isso a Estrada Costa Gama é uma luta de 10, 15, 20 anos, mas como eu apresentei uma emenda no empréstimo da Petrobrás, transferindo parte daqueles recursos para a Estrada Costa Gama, para a Estrada do Barro Vermelho, para milhares de pessoas a serem beneficiadas, mas já está num outro Projeto, então, nós vamos votar favorável, mas sempre elogiando a pontaria. Inclusive eu mandei pedir uma informação e não gosto de mandar pedir informação que não venha por escrito, perguntei por que foi escolhida a Aracaju, ou por que não a Aracaju. A informação que me deram é que foi o Estado que escolheu. Então, Ver. Kenny Braga, como essa verba vem da Secretaria do Planejamento do Estado, Fundo Urbano, criado pelo Governador Triches, quero dizer que o Governo do Estado não tem nada a ver com a escolha da estrada. Então, aquela informação que o Executivo me mandou - e por isso é que eu não gosto de pedir informações verbais, orais ou bocais, como dizem na minha terra - é mais fria do que qualquer outra coisa. Não é o Estado que escolhe; o Fundo Urbano empresta dinheiro às Prefeituras e estou desconfiado até que esse contrato já foi até assinado, numa solenidade que houve no Palácio Piratini, junto com o Governador e também nem quero perguntar para não criar mais problemas. Mas, houve uma solenidade de assinatura de contratos com o Fundo Urbano no Governo do Estado, com a presença de uma série de Prefeitos, e eu não fui lá porque não fui convidado, mas, votaremos favorável, louvando a pontaria, louvando o Governo do Estado que, ao menos, abriu os olhos para Porto Alegre. Somos a favor, agora, entre Aracaju e dez mil estradas de ruas de Porto Alegre muito mais importantes, com muito mais gente, que não tem gráfica na ponta, eu fico com as outras, é uma escolha, é uma zona boa, de recreio, as pessoas passam lá o seu lazer, têm chácaras, etc. Agora, por favor, o Redator que não escreva mais aquilo que escreveu ali e também não escrevam o que está no Parecer do Ver. Isaac Ainhorn, que fala o seguinte: “...e trará, por certo, benefícios incontáveis para o intenso tráfego que assinala, atualmente, aquela estrada”. Esse intenso tráfego, o Vereador deve ter ido no dia de uma procissão, motorizado, o Ver. Isaac Ainhorn na sua religiosidade, provavelmente, deve ter visto. E o Ver. Valdir Fraga - que eu vi por aqui - que tem algumas ligações pela Zona também, quero que leve as pessoas da Zona o nosso voto que é favorável. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, o Ver. Clóvis Brum, pelo PMDB.

 

O SR. CLÓVIS BRUM: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. O trabalho do Gráfico da Instituição Pobres Servos da Divina Providência é notável. Eu, particularmente, já mandei fazer trabalho gráfico para minha campanha eleitoral nessa gráfica dos padres que lá operam, não é muito caro, tem preço razoável, é de boa qualidade - este é o meu testemunho - a gráfica opera muito bem. Agora, quanto ao Projeto, nós somos contra. Vereador, logo se vê que V. Exa. não sabe onde fica a Estrada Acaraju, porque é o tipo da estrada que se diz assim: é lá onde não mora ninguém, não passa ninguém. É brincadeira do Prefeito Alceu Collares pegar dinheiro para calçar a Estrada Aracaju. Será que o Prefeito Alceu Collares campeoníssimo em votos no Bairro Bom Jesus, no Bairro Partenon, no Bairro Sarandi - me acena o Ver. Paulo Satte - escolheu a Estrada Aracaju aonde de um lado tem pouquíssimas casas e muitas chácaras e que belo loteamento vai dar ali. Loteamentos, haverá alguns loteamentos que desenvolverão a Estrada Aracaju. Não, eu sou favorável ao progresso; sou contra o calçamento da Estrada Aracaju.

Senhor Presidente e Srs. Vereadores. Esse discurso breve que faço em nome da Bancada do PMDB que votará contra o Projeto, nós pretendemos mandar distribuir no Partenon, na São José, no Sarandi, no Bairro Bom Jesus, na Zona Norte sim, para dizer aos bairros de baixa renda desta cidade que o Prefeito está a calçar estradas aonde existem chácaras em detrimento dos bairros onde as pessoas estão expostas ao bairro e ao pó ao longo de 50 anos pagando impostos sem nenhuma contra-prestação. Este é o Prefeito Socialista. Há pouco se duplicou a Vicente Monteja, se concluiu o alargamento da Carlos Gomes, se concluiu o alargamento da Wenceslau Escobar, essas obras milionárias concluídas pelo Governo Alceu Collares. Continua a velha técnica de se colocar dinheiro nas classes privilegiadas, talvez porque elas se organizem com mais facilidade porque a classe pobre não é dada esta organização, porque tem que trabalhar de dia para poder comer à noite. Os bairros de baixo poder aquisitivo não recebem calçamento como vai receber a Estrada Aracaju. Agora, Avenida dos Prazeres, Avenida Ipê, Fernando Pimentel, Vila Jardim tem que pagar o calçamento. Lá o povo tem que pagar. Esta Estrada Aracaju, esta não, esta a Prefeitura vai pagar. Por que vai pagar? Porque não mora ninguém pobre. Não sou contra os poucos que moram lá, eu sou contra a esta injustiça que o Prefeito Collares está fazendo com a população de baixa renda da Cidade. Está continuando a política anterior, continuando a se dar as costas aos bairros de baixa renda. Eu esperava que esse empréstimo contemplasse algumas ruas do Bairro São José, do Partenon, de toda a Zona Norte, por que não? Da Bom Jesus, etc, mas, infelizmente, o Sr. Prefeito não está preocupado com aquelas áreas que lhe fizeram um Vereador bem votado desta Cidade, que lhe fizeram Deputado Federal e que o elegeu Prefeito e esqueceu a periferia da Cidade, mandando, apenas, distribuir no Bairro Bom Jesus um saibro e está resolvido, quando, para a Aracaju, manda calçar com dinheiro da Prefeitura. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Rafael Santos.

 

O SR. RAFAEL SANTOS: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, dirijo-me especialmente às bancadas de oposição, porque dentro de um ano, mais um dia, dentro de 366 dias, nesta Casa, estará tomando posse o novo Prefeito de Porto Alegre que, decididamente, não será do PDT, seguramente. Seguramente não seria do PDT. Então, é preciso que as hoje bancadas de oposição passem a olhar com cuidados esses projetos de pedidos de empréstimo que estão vindo para esta Casa. Este, por exemplo, é um empréstimo que vai começar a ser pago pelo próximo Prefeito. Além do mais: ele terá de pagar todo o empréstimo. Vai passar quatro anos pagando o empréstimo feito pelo Prefeito Collares. Logo, é preciso que as bancadas de oposição comecem a pensar nisto: isso não é para ser pago pela atual administração. É para ser pago por outra administração, o benefício é para esta e o encargo é para a outra. Neste caso, devemos examinar dois aspectos.

 

(Apartes paralelos.)

 

Para que se aceite esse tipo de empréstimos, temos de começar, nobres Vereadores, a somar quanto estamos empurrando para o prefeito que virá dentro de 365 dias pagar, que não será do PDT, o que é pacífico e toda a Cidade sabe. Se vai ser PDS, PMDB, PT, PL, PCB, PC do B, não sei. Agora, sei que não será PDT. Poderá ser PDS... bom..., agora, realmente, é extremamente estranho a escolha da estrada para ser asfaltada. Estou a favor da zona sul, lá está a Costa Gama com 30 ou 40 vezes mais movimento que a Aracaju, lá está a Campo Novo com 30 ou 40 vezes mais tráfego que a Aracajú. Lá está a João de Oliveira Remião, importantíssima, porque vai ligar com a Restinga, não é?

 

(Tumulto no plenário.)

 

O  SR. PRESIDENTE: Os trabalhos são suspensos, até que o plenário adquira a calma necessária.

 

(Suspendem-se os trabalhos às 15h27min.)

 

O SR. PRESIDENTE (Brochado da Rocha – às 15h32min): Estão reabertos os trabalhos; peço aos Srs. Vereadores que ocupem as suas tribunas.

O Sr. Rafael Santos terá mais dois minutos e meio.

 

O SR. RAFAEL SANTOS: Sr. Presidente, no momento em que V. Exa. interrompia os trabalhos, eu era esclarecido, aqui, pelo Ver. Kenny Braga que era uma opção administrativa do Prefeito e que era um direito líquido e certo. Então, não vamos mais discutir, vamos apenas fazer um exercício de inteligência. Por que o Prefeito escolheu a Aracajú e não a Costa Gama? Será porque, lá, existe uma gráfica? Será porque, lá existe um motel? Será este o motivo? Que outros motivos teve a Administração?

 

O Sr. Kenny Braga: V. Exa. é contra o motel?

 

O SR. RAFAEL SANTOS: Não, estou até mostrando que um dos motivos por que o Prefeito escolheu a Aracajú pode ter sido a existência do motel. É um fato. Porque, pela intensidade de tráfego, não foi. Eu não me recordo se foi o Ver. Clóvis Brum ou o Ver. Hermes Dutra que disse que o Ver. Isaac Ainhorn deve ter passado lá em dia de procissão. Mas eu acho que nem em dia de procissão a Aracajú tem mais movimento que a Costa Gama, tem mais movimento que a João de Oliveira Remião, tem mais movimento que a Protásio Alves. Então, o motivo deve ter sido outro, a gráfica, o motel, a paisagem, quem sabe. Só isso nos resta, então, a dizer. Lamentavelmente, um empréstimo que indiscutivelmente é vantajoso para o Município. Tem este terrível vício de aplicar o dinheiro no local menos adequado, menos necessário da Cidade.

Dessa forma, Sr. Presidente, eu tenho dificuldades muito grandes em votar favoravelmente a este Projeto. Todavia, eu espero, durante o encaminhamento, o PDT me esclareça os motivos que levaram o Prefeito a optar pela Aracaju. Se foi a gráfica, se foi o motel ou se foi a bela paisagem. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encaminha, pelo PDT, o Ver. Kenny Braga.

 

O SR. KENNY BRAGA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, esta Casa assume, às vezes, contornos do mais puro surrealismo. O Vereador que me antecedeu na tribuna afirma, para o conhecimento do público, da imprensa e, principalmente, da população da Zona Sul da Cidade, de que este convênio é bom para o Município, e é feito em condições vantajosas. Mas, ao mesmo tempo, ele diz que vai votar contra a aprovação do convênio. Então, realmente, eu tenho uma dificuldade imensa de compreender o porquê da oposição, para que se melhore as condições da Aracaju. Por que ela fica situada na Zona Sul? Por que ela leva o nome de um Estado nordestino? Certamente algum Vereador daqui, da bancada das oposições apanhou de alguém nascido em Aracaju? Está contra as melhorias de condições da rua?

Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu não tenho nenhuma condição de dizer, aos moradores da Aracaju, como residente na Zona Sul há muitos anos, que esta Casa se coloca contra a melhoria daquela rua! Eu não tenho condições, porque, certamente, os moradores não vão acreditar! Se dependesse da vontade do Ver. Clóvis Brum, a Administração da Cidade estaria voltada, única e exclusivamente, para o atendimento das reivindicações do seu bairro, porque o Ver. Clóvis Brum não entende que é um representante de toda a população de Porto Alegre! Ele se coloca, rotineira e provinciamente, como representante, único e exclusivamente, da sua rua e do seu bairro, e ele é um Vereador de Porto Alegre. Então, Ver. Clóvis Brum, nós precisamos, hoje, aprovar este convênio, que é proveitoso para o Município, segundo o entendimento de todas as Bancadas e de todos os Vereadores, porque se não fosse assim, estaríamos dando um atestado público de burrice! E, portanto, esta Casa tem uma vontade, extraordinariamente inexplicável, com a Estrada Aracaju. E a argumentação é absurda, é surrealista, dizendo que não se deve consertar a rua, porque por ali não passa ninguém. Pois eu vou-lhes dar um exemplo: moro em Teresópolis, próximo à Estrada dos Alpes, que liga o Bairro Teresópolis à Glória, e é uma rua povoada de pequenas chácaras e com pouco tráfego, no entanto, é de extraordinária importância para encurtar entre Teresópolis e a Glória. Mas se prevalecer o critério obtuso que tem sido usado aqui nesta Casa, jamais a Estrada dos Alpes vai ser asfaltada, porque os Vereadores não querem que se asfaltem ruas em que não mora ninguém, segundo o entendimento de alguns aqui. Então, este é um entendimento pequeno, obtuso, e se faz, única e exclusivamente, com a intenção de não se aprovar um Projeto de origem executiva, para contrariar o Prefeito Alceu Collares.

Meu amigo, Ver. Rafael Santos, diz que há um motel situado na Rua Aracaju. O motel não se situa na Aracaju, V. Exa. não entende nada de motéis. O motel se situa na Rua Vicente Montegia. V. Exa. não conhece o mapa da sua cidade e não entende nada de motéis. E vem aqui, na tribuna, fazer a defesa de idéias absurdas, partindo de premissas completamente erradas.

É verdade que existem outras ruas na cidade, necessitando de conserto, mas a Administração precisa fazer uma seleção. Há um colégio na Aracaju! V.Exa., Ver. Jorge Goularte, está contra a educação, contra os professores, contra os alunos? A Administração precisa fazer uma opção administrativa e está fazendo esta opção de aplicar os recursos provenientes do convênio da Aracaju. E eu me recuso a acreditar que a maioria lúcida e esclarecida deste Plenário - principalmente a Bancada do PMDB, que é uma Bancada constituída de sábios, não acredito que a Bancada feche com este Projeto, porque a Bancada do PMDB jamais fecha, uma e inteira, contra nada nesta Casa, porque há seis opiniões diferentes dentro da Bancada do PMDB - não acredito que a maioria deste Plenário vote contra este convênio. A população da Zona Sul da cidade saberá, através deste Vereador, que alguns Vereadores da Casa não querem que se melhore as condições da Estrada Aracaju. E eu vou me encarregar de panfletar a Estrada Aracaju com os discursos proferidos, tristemente, por V. Exas. aqui na tribuna. Muito obrigado.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Para encaminhar, a palavra com o Ver. Antonio Hohlfeldt. V.Exa. tem cinco minutos.

 

O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Não vou ter a mesma ênfase do representante do PDT, até porque o que vou dizer aqui é óbvio, e, portanto, não vou precisar convencer ninguém. S. Exa., Ver. Kenny Braga, deu um exemplo de uma rua lá na Glória para dizer que essa rua encurtava caminho, não sei em que encurta caminho a Estrada Aracaju, vai ver que é do pasto das vacas com os caminhões em que elas são carregadas, ou dos pessegueiros que saem rolando pela estrada até o carregamento no caminhão, há 600 ou 1600 crianças, Ver. Ainhorn, no seu aparte anti-regimental, mas que acolho, elas pulam a cerca e vem por trás, pelo matinho da Restinga e vem até a gráfica, porque não tem nem condução para elas, de maneira que não é para elas que estamos propondo esta questão.

Sr. Presidente e Srs. Vereadores, um dia desses se fez aqui, uma homenagem mais do que merecida ao Ver. Valneri Antunes, e eu não quis falar, porque não gostaria de referir aqui uma série de conversas que tivemos nos últimos dias, durante a campanha, e que colocaria muito mal a bancada da situação, tivemos várias lutas, estivemos lado a lado, e teve uma em que me coloquei sozinho contra os outros Vereadores desta Casa, quando se pretendeu um empréstimo em dólar, se não me engano do BID, para o asfaltamento da Avenida Ary Tarragô, eu votei contra, e votaria contra hoje, novamente, não contra os moradores da Ary Tarragô, mas porque agora, a partir deste ano, é que vamos estar começando a pagar aquele empréstimo em dólar e é por este motivo que me coloco contrário a este tipo de empréstimo para obras desse tipo por que quem faz lucro imediato, eleitoreiro, não é quem vai pagar. Um ganha o voto da obra feita e o próximo ou os próximos prefeitos irão pagar o custo desses votos. Neste caso objetivo, além dos próximos prefeitos, que na verdade apenas administram a verba pública, quem vai pagar essa obra é toda a população de Porto Alegre que não vai usar a obra. Este é o problema. Todas pessoas não têm nada a ver com essa Estrada que vai a lugar algum é que pagam porque o dinheiro de seus impostos, ao invés de garantir pequenas obras em outro nível, estará pagando um financiamento desse tipo de obra. Esta é nossa discordância.

É a velha história do cidadão que faz papagaio para pagar papagaio já feito antes e fica sempre dependendo de papagaio. É interessante notarmos que se tem numa mesma administração dois pesos e duas medidas. Há pouco tempo atrás o Engenheiro Carlos Alberto Petersen nesta Casa dizia que o DMAE não pretendia pegar empréstimos para fazer obras, ele tinha que trabalhar com sua própria verba para não criar ônus futuros para o Departamento. Pois ao que parece, o Dr. Petersen vai contra a linha do Prefeito Collares. O Prefeito ao contrário, até agora segurou e a partir de agora começa a fazer empréstimo. Ele pede emprestado para pagar em dinheiro ou pede emprestado para pagar em pedaços da Cidade que não são dele.

É o Praia do Guaíba, é o Petrobrás, e agora este que vai pagar em dinheiro. Mais do que isto: indago-me e infelizmente o Secretário Baggio atirou a culpa para o Secretário Wilton Araújo, que não estava presente e não pôde se defender. Infelizmente o Secretário Wilton Araújo anda sempre ocupado, a gente telefona, mas não consegue falar com S. Exa., certamente falar-se-ia mais facilmente com o Sarney do que com S. Exa. o Secretário de Obras e Viação, não soube me explicar por que todos demais projetos de recapeamento, de recalçamento são feitos dentro do Projeto Comunitário. Dividem-se percentuais, só a Estrada Aracaju que não. Então cabe aquela pergunta do Ver. Clóvis Brum: o que têm os proprietários dos imóveis da Estrada Aracaju que não têm os outros, que ganham prioridade num rol de estradas, segundo o Secretário Newton Bággio, e depois ainda ganham um privilégio fantástico até agora é a única obra da Prefeitura Municipal de Porto Alegre na Administração Alceu Collares que sai de graça para os moradores, diga-se de passagem, mas nenhum pobre cidadão. Nada contra o proprietário rural, o produtor rural, pelo contrário, mas nenhum pobre cidadão, especialmente o proprietário do imóvel nº 901 daquela estrada, que tem um pequeno muro de oitocentos e poucos metros de comprimento por dois de altura num terreno, realmente, muito curioso para certos exercícios de fim de dia ou coisa parecida.

Então, fica a nossa pergunta: por que a Estrada Aracaju e não outras estradas sabidamente, historicamente, na fila para receberem obras. Então, esta questão, Ver. Kenny Braga, Vereadores do PTD, que, aliás, eu sei que não irão votar unitariamente no projeto.

A nossa indagação é que critério administrativo norteou a escolha desta estrada? Sou grato.

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encaminha a Vera. Jussara Cony pela Bancada do PC do B. V.Exa. tem cinco minutos.

 

A SRA. JUSSARA CONY: Sr. Presidente e Srs. Vereadores. Nós aguardávamos a oportunidade de vir fazer este encaminhamento na tribuna, exatamente, em respeito à Bancada do PDT nesta Casa, a antecedência na tribuna da Bancada do PDT, na pessoa do Ver. Kenny Braga para nos justificar exatamente aquilo que o Vereador colocou aqui como opção administrativa do Governo Collares. O Ver. Kenny Braga não nos convenceu, pelo contrário, antes de mais nada nos posicionamos radicalmente contra este projeto e diremos porque.

Em primeiro lugar, Ver. Kenny Braga, não é por burrice, não, desta Câmara, não é por burrice das Bancadas de oposição como V.Exa. colocou nesta tribuna, é por comprometimento bem definido que V. Exa. não conseguiu explicar da Administração Alceu Collares, quando veio aqui defender este Projeto. Comprometimento com o quê? Com uma minoria privilegiada ou com a maioria das necessidades da população desta Cidade, aliás, população que, ao contrário dos poucos que moram ou que passam pela Av. Aracaju, está pagando pelo calçamento da sua rua, na Administração Collares, a mesma população que já paga impostos. Tem que pagar, enquanto, na Av. Aracaju, que tem uma gráfica - não vamos entrar neste mérito, Vereador, vamos nos deter na gráfica, na medida até que talvez os panfletos que V. Exa. vai confeccionar, para distribuir na Zona Sul, dizendo que a oposição, nesta Casa, quer inviabilizar a Administração Alceu Collares, possam ser bem confeccionados, inclusive nesta gráfica - por que não? -, é uma opção de V. Exa. Ver. Kenny Braga, nós não estamos querendo inviabilizar uma administração que, por si só, já é inviabilizada, inviabilizada pelos compromissos feitos em praças públicas, e pela própria contradição.

Momentos de eleição, momentos de necessidades inclusive de V. Exas., nesta tribuna, aliás, quando o Plenário está cheio, são ótimas as opções administrativas do PDT.

É inviabilizada por si só, Ver. Kenny Braga, na medida em que tem a contradição entre a prática e o discurso político. No discurso político, lembro bem da campanha eleitoral. O saneamento das vilas populares, a infra-estrutura para as vilas populares desta Cidade, e, no entanto, agora, na prática, o objetivo é uma verba para ser paga pelo futuro Prefeito desta Cidade, para uma estrada que não tem, ao contrário, esperava que o Ver. Isaac Ainhorn viesse-nos justificar.

Vereador, eu entendi bem a opção administrativa que V. Exa. tentou defender nesta tribuna. É a mesma opção administrativa que o Projeto Praia do Guaíba, das modificações do Plano Diretor, a presença, a maioria de sua Bancada, mas não com o nosso voto aprovou, aliás, abrindo mão, como tem aprovado muita coisa nesta Casa, pela Bancada de V. Exa., abrindo mão da independência deste Poder, e se submetendo, mais uma vez, aos mandos do Executivo Municipal. Entendemos a opção administrativa e por entendê-la é que votamos contra este Projeto. Não estamos tentando inviabilizar aquilo que por si só é inviabilizável. Muito obrigada.

 

(Não revisto pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE: Encerrados os encaminhamentos. Em votação o PLE nº 114/87.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: Para um Requerimento, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE: V. Exa. tem a palavra.

 

O SR. CAIO LUSTOSA: Requeiro votação nominal para este Projeto.

 

O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, contra o voto do Ver. Hermes Dutra.

Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à chamada nominal dos Srs. Vereadores para votação.

 

A SRA. SECRETÁRIA: (Procede à chamada e colhe os votos dos Srs. Vereadores.) Sr. Presidente, 10 Srs. Vereadores votaram sim e 15 Srs. Vereadores votaram não.

 

O SR. PRESIDENTE: REJEITADO o Projeto por 10 votos SIM e 15 votos NÃO.

 

(Votaram SIM os Vereadores: Adão Eliseu, Artur Zanella, Cleom Guatimozim, Jaques Machado, Raul Casa, Isaac Ainhorn, Getúlio Brizolla, Pedro Ruas, Auro Campani e Kenny Braga. Votaram NÃO os Vereadores: Antonio Hohlfeldt, Aranha Filho, Caio Lustosa, Clóvis Brum, Gladis Mantelli, Hermes Dutra, Jorge Goularte, Jussara Cony, Lauro Hagemann, Luiz Braz, Mano José, Paulo Satte, Rafael Santos, Nilton Comin e Flávio Coulon.)

 

O SR. PRESIDENTE: Solicito à Sr.ª Secretária que proceda à leitura da Declaração de Voto do Ver. Paulo Satte.

 

A SRA. SECRETÁRIA: (Lê.)

 

“Declaração de Voto

 

Votei contra o PLE nº 114/87, que autoriza o Executivo Municipal a contratar operação de crédito no valor de Cz$ 3.500.000,00, não menosprezando a população da Estrada Aracaju. No entanto, a Zona Norte de Porto Alegre, onde tem o maior reduto do PDT em Porto Alegre, foi um ‘parto’ para conseguirmos para o mutirão a insignificância de Cz$ 50.000.000,00 onde é carente de rede de esgotos pluviais, pavimentação, iluminação pública, etc. Exemplo: pavimentação da Rua José Inácio da Cunha (serve de retorno para o Bairro Rubem Berta) aproximadamente 2.000 veículos dia.

E na Zona Norte, quando eleito Prefeito, foi carregado no colo, e hoje esquece. ‘A Zona Norte pede explicações.’

Sala das Sessões, 30 de dezembro de 1987.

                                                                (a) Paulo Satte”

 

O SR. PRESIDENTE: A Mesa comunica ao Plenário que acaba de receber o seguinte material: 03 Emendas de Líder, assinadas pelo Líder do PFL, Ver. Raul Casa, a pedido do Ver. Artur Zanella, ao PLE nº 16/87 - Proc. nº 2788/87, que define o regime urbanístico em área funcional de interesse paisagístico e cultura e dá outras providências; 01 Emenda de Líder, subscrita pelo Ver. Antonio Hohlfeldt, Líder do PT, ao PLE nº 118/87 - Proc. nº 2873/87, que autoriza o Executivo Municipal a conceder vales-refeições a funcionário ativo e servidor celetista e dá outras providências.

 

(Obs.: Foram aprovados os demais Requerimentos conforme consta na Ata.)

 

O SR. PRESIDENTE: Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Levanta-se a Sessão às 16h05min.)

 

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